Após um momento ruim na Superliga, Thaisa reencontrou o seu voleibol e voltou a ser uma das principais jogadoras do Sollys/Nestlé, se destacando novamente no ataque e bloqueio. No melhor estilo guerreira, a central, campeã olímpica em Pequim (2008), concedeu entrevista ao portal AHE! e falou, além da competição nacional, sobre seleção brasileira, o desejo do bicampeonato olímpico e um sonho antigo fora das quatro linhas.
AHE!: Como você analisa esta edição da Superliga?
Thaisa: O esquema da pontuação já dificultou. Os times também estão bem distribuídos, as mais novas estão indo bem e as equipes, teoricamente mais fracas, estão dando muito trabalho. Elas vêm sem o peso da responsabilidade e é bacana ver que são aguerridas, fazendo o jogo sem pensar em quem está do outro lado.
AHE! – O Unilever construiu uma "invencibilidade" na competição, acha que isso pode mudar nos play-offs?
Thaisa: No ano em que fomos campeãs com o Sollys (temporada 2009/2010), nos classificamos em segundo para as finais e vencemos. Quem está em oitavo pode mudar a estratégia, fazer tudo diferente e surpreender na fase decisiva. Play-off é outro campeonato.
AHE! – Como está a preparação para o Pré-Olímpico?
AHE! – Ainda sente alguma ansiedade nas convocações?
Thaisa: Quem não fica na ansiedade pela convocação é porque tem algo estranho. Sempre existe a expectativa de ver o nome na lista. Quando não tiver mais o frio na barriga é porque é hora de parar, isso faz parte.
AHE! – Você fez parte da equipe campeã olímpica em Pequim, qual seria seu sonho para 2012?
Thaisa: - Ganhar de novo. Temos sempre que nos superar. Cada medalha tem um sabor diferente. Pessoalmente, Londres teria um foco diferente, porque o meu sonho seria ser campeã jogando. Em 2008, eu era reserva, tinha 21 anos, acho que jogando seria um gosto melhor. A minha primeira meta neste ano é o titulo da Superliga. Passando isso, é aguardar a convocação e continuar o trabalho para garantir a minha vaga de titular, se meu físico e minha preparação permitirem.
AHE! – E como fica a disputa pela titularidade dentro do grupo?
Thaisa: Na seleção não tem vaga cativa. Quem estiver melhor e puder representar melhor o Brasil será escolhida. Nós damos força uma para outra, conversamos, damos dicas, independentemente de ser da mesma posição. A competição é super saudável.
AHE! – Mudando um pouco de assunto, você é muito vaidosa e já fez cirurgias plásticas. Aceitaria posar como modelo?
Thaisa: Na verdade, já marquei para fazer fotos, mas com a rotina de jogos e viagens eu cancelei várias vezes. Antes de jogar eu era muito, muito magra e alta. Fiz testes para passarela, mas meu pai não deixou. Eu queria muito na época, mas passou. Hoje seria algo bacana de fazer.
AHE! – Você tem uma receptividade grande dos fãs através das redes sociais e acabou cancelando seu twitter. Qual motivo?
Thaisa: Eu cancelei o Twitter, mas tenho dois perfis no Facebook, um pessoal e outro só para interagir com os fãs. Não me incomodo muito com assédio, sou uma pessoa muito tranquila, nunca tive problemas. A única coisa que chateia é que, às vezes, quando você não vai bem no jogo, acaba tendo problemas com especulações e isso incomoda um pouco. Eu sou muito séria com vôlei e quando duvidam da minha seriedade fico um pouco brava, mas depois passa.